A Esperança do Crente Segundo a Bíblia
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A ESPERANÇA BÍBLICA DO CRENTE.
A esperança, pela sua própria natureza, diz respeito ao futuro (cf. Rm 8.24,25). Porém, ela abrange muito
mais do que uma simples vontade ou anseio por algo futuro. Esta esperança
consiste numa certeza na alma, i.e., uma firme confiança sobre as coisas
futuras, porque tais coisas decorrem da revelação e das promessas de Deus.
Noutras palavras, a esperança bíblica do crente está intimamente vinculada a
uma fé firme (Rm 15.13; Hb 11.1) e a uma sólida confiança em
Deus (Sl 33.21,22). O salmista
expressa claramente este fato mediante um paralelo entre “confiança” e
“esperança”: “Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não
há salvação. Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e
cuja esperança está posta no SENHOR, seu Deus” (Sl 146.3,5; cf. Jr 17.7). Por conseguinte, a esperança
firme do crente é uma esperança que “não traz confusão” (Rm 5.5; cf. Sl 22.4,5; Is 49.23); a esperança, portanto, é uma
âncora para o crente através da vida (Hb 6.19,20).
A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE.
O alicerce da esperança segura do crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra de Deus.
1- As
Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de
Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao
meditar nos feitos de Deus no passado ele confia que Deus o livrará: “Em ti
confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste” (22.4). O poder maravilhoso que o Deus
Criador já manifestou em favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na
conquista de Canaã, nos milagres de Jesus e dos apóstolos, e em casos
semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso
Ajudador (cf. 105; 124.8; Hb 13.6; ver Êx 6.7 nota). Por outro lado, aqueles
que não conhecem a Deus não têm em que se firmar para terem esperança (Ef 2.12; 1Ts 4.13).
2- A plenitude
da revelação do novo concerto em Jesus Cristo acresce mais uma razão para a
esperança inabalável em Deus. Para o crente, o Filho de Deus veio para
destruir as obras do diabo (1Jo 3.8),
que é o “deus deste século” (2Co 4.4;
cf. Gl 1.4; Hb 2.14; ver 1Jo 5.19). Jesus, ao expulsar demônios
durante o seu ministério terreno, demonstrou seu poder sobre Satanás. Além
disso, pela sua morte e ressurreição, Ele esmagou o poder de Satanás (cf. Jo 12.31) e demonstrou o poder do reino
de Deus. Não é de se estranhar, portanto, o que Pedro exclama a respeito da
nossa esperança: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva
esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pe 1.3). Jesus é, pois, chamado nossa
esperança (Cl 1.27; 1Tm 1.1); devemos depositar nEle a nossa
esperança, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 15.12,13; cf. 1Pe 1.13; ver Êx 17.11 nota).
3- A Palavra
de Deus é a terceira base da esperança. Deus revelou sua Palavra através dos
profetas e apóstolos no passado; Ele os inspirou pelo Espírito Santo para
escreverem isentos de erros (2Tm 3.16;
2Pe 1.19-21). Pelo fato de que sua
eterna Palavra permanece firme nos céus (Sl 119.89),
podemos depositar nossa esperança nessa Palavra (Sl 119.49, 74, 81,
114, 147; 130.5;
cf. At 26.6; Rm 15.4). De fato, tudo quanto sabemos a
respeito de Deus e de Jesus Cristo vem da revelação infalível das Sagradas
Escrituras.
A SUMA ESPERANÇA DO CRENTE.
A suprema esperança e confiança do crente não deve estar em seres humanos (Sl 33.16,17; 147.10,11), nem em bens materiais, nem em dinheiro (Sl 20.7; Mt 6.19-21; Lc 12.13-21; 1Tm 6.17; ver Nm 18.20), antes deve estar em Deus, no seu Filho Jesus e na sua Palavra. E em que consiste esta esperança?
1- Temos
esperança na graça de Deus e no livramento que Ele nos oferece, nas
tribulações desta vida presente (Sl 33.18,19;
42.1-5; 71.1-5,13-14; Jr 17.17,18).
2- Temos
esperança de que chegará o dia em que nossas tribulações cessarão aqui na
terra, quando esta não estará mais sujeita à corrupção, e terá lugar a
redenção (ressurreição) do nosso corpo (Rm 8.18-25;
cf. Sl 16.9,10; 2Pe 3.12; ver At 24.15).
3- Temos
esperança da consumação da nossa salvação (1Ts 5.8).
4- Temos a
esperança de uma casa eterna nos novos céus (2Co 5.1-5; 2Pe 3.13; ver Jo 14.2 nota), naquela cidade cujo
arquiteto e edificador é Deus (Hb 11.10).
5- Temos a
bendita esperança da vinda gloriosa do nosso grande Deus e Salvador, Jesus
Cristo (Tt 2.13), quando, então,
os crentes serão arrebatados da terra, para o encontro com Ele nos ares (1Ts 4.13-18), e, quando, então, nós o
veremos como Ele é e nos tornaremos semelhantes a Ele (Fp 3.20,21; 1Jo 3.2,3).
6- Temos a
esperança de receber a coroa da justiça (2Tm 4.8),
de glória (1Pe 5.4) e da vida (Ap 2.10). Finalmente, temos a esperança
da vida eterna (Tt 1.2; 3.7); da vida garantida a todos que
confiam no Senhor Jesus Cristo e o obedecem (Jo 3.16,36; 6.47; 1Jo 5.11-13). Com promessas tão grandes
reservadas àqueles que esperam em Deus e no seu Filho Jesus, Pedro nos
conclama: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a
qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
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domingo, 29 de julho de 2012
A ESPERANÇA BÍBLICA DO CRENTE
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